Sumário
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Milton Nascimento, conhecido afetuosamente como “Bituca”, emerge como uma figura ímpar na Música Popular Brasileira. O ano de 1967 marcou um momento crucial em sua carreira, quando a colaboração com Fernando Brant resultou em mais de 200 canções. Neste artigo, mergulhamos na fascinante jornada da icônica história da música Travessia, destacando sua criação, os desafios enfrentados e o triunfo no Festival Internacional da Canção.
O Encontro de Dois Gênios Musicais
No cenário musical vibrante de São Paulo, Milton Nascimento enfrentava desafios financeiros enquanto se apresentava nas noites paulistanas. Com quatro músicas compostas, uma delas aguardava uma letra. Sua intuição apontou para o amigo de Belo Horizonte, Fernando Brant, como o parceiro ideal para essa empreitada criativa.
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Ao ser abordado por Milton, Brant, apesar de sua falta de experiência na escrita, recusou inicialmente o pedido. Alegou não ter vocação para tal tarefa. Determinado, Milton não aceitou um “não” como resposta, e sua persistência viria a moldar o destino de uma das músicas mais emblemáticas da MPB.
A Intuição de Milton e a Ressurreição da “Travessia”
Dois meses depois, em Belo Horizonte, Brant surpreendeu Milton ao apresentar a letra completa da música. A conexão entre os dois artistas floresceu na beleza da composição, que aguardava apenas a trilha sonora de Nascimento. O próximo desafio era nomear a criação, e foi aí que a palavra “Travessia”, extraída de “Grande Sertão: Veredas”, ganhou proeminência.
O Embate Interno de Milton Nascimento
De volta a São Paulo, Milton enfrentava um dilema pessoal. Questionava se deveria prosseguir com sua carreira musical. A oportunidade de participar do “Festival Internacional da Canção” surgiu, mas suas experiências anteriores em festivais deixaram cicatrizes. No entanto, uma reviravolta inesperada, orquestrada por Agostinho dos Santos, amigo influente na cena musical, mudaria o curso de sua trajetória.
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A Manobra de Agostinho dos Santos
Agostinho convenceu Milton a ceder algumas de suas canções para serem incluídas em seu próximo disco. Milton, confiante em seu trabalho, entregou uma fita contendo três músicas: “Morro Velho”, “Maria, minha fé” e “Travessia”. Agostinho, sem o conhecimento de Milton, inscreveu as músicas no Festival Internacional da Canção.
O Reconhecimento Inusitado
Dias depois, próximo à TV Record, Milton foi surpreendido por Elis Regina, que o parabenizou por ter três músicas classificadas no festival. Desconcertado, Milton descobriu a artimanha de Agostinho dos Santos. Agora, com Fernando Brant, embarcava para o Rio de Janeiro para defender suas criações.
No palco do Festival Internacional da Canção, Agostinho dos Santos interpretou “Maria, minha fé”, enquanto Milton apresentou “Travessia” e “Morro Velho”. Embora “Morro Velho” tenha recebido uma calorosa recepção, foi “Travessia” que emocionou tanto o público quanto os jurados. A música conquistou o segundo lugar na categoria de melhor canção, e Milton recebeu o prêmio de melhor intérprete.
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A Consagração Global de Milton Nascimento
A vitória no festival foi um ponto de virada monumental na carreira de Milton Nascimento. Sua consagração ultrapassou fronteiras, solidificando seu lugar como um dos grandes artistas da música internacional. “Travessia” tornou-se um símbolo de dor, partida, recomeço e reflexão, abordando temas tanto pessoais quanto políticos.
Reflexões Profundas sobre a História da Música Travessia
A profundidade da música “Travessia” revela um contexto triste, explorando a temática da despedida. A canção expressa a dor da partida, a introspecção sobre o que está causando sofrimento e, ao mesmo tempo, transmite uma mensagem de recomeço, de retorno aos próprios passos, de sonhos e esperanças. A dualidade presente na composição reflete aspectos tanto da esfera pessoal quanto da esfera política.
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Conclusão: A Jornada Permanente de “Travessia”
A história da música Travessia é uma narrativa envolvente de criatividade, persistência e reconhecimento inesperado. A colaboração entre Milton Nascimento e Fernando Brant resultou em uma obra-prima que transcendeu fronteiras e deixou uma marca indelével na música brasileira. A trajetória desde a composição até o triunfo no Festival Internacional da Canção destaca não apenas a genialidade artística, mas também a capacidade de superar desafios e alcançar o reconhecimento merecido.
“Travessia” não é apenas uma música; é uma jornada que continua a ressoar, lembrando-nos de que, muitas vezes, a beleza está na travessia, não na chegada.
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