Sumário
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Se você é fã de música popular brasileira, com certeza já ouviu falar de “Chão de Giz”, a icônica canção do talentoso cantor Zé Ramalho. Escrita em 1973 e gravada em seu álbum de estreia solo, “Zé Ramalho,” lançado em 1978, essa música continua a fascinar e emocionar ouvintes de todas as gerações. Vamos mergulhar no universo dessa canção envolvente e desvendar alguns de seus segredos.
A Canção que Ecoa no Tempo
De acordo com dados do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), “Chão de Giz” se destacou como a música mais tocada de Zé Ramalho no período de 2010 a 2014. Surpreendentemente, ela ocupou a quarta posição entre as composições mais regravadas do artista. Além disso, em 2014, a canção conquistou o décimo lugar na lista das “músicas mais tocadas ao vivo” no Brasil, de acordo com o mesmo órgão.
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A Complexidade que Conquista Corações
O que torna “Chão de Giz” tão especial? Esta é uma pergunta que ecoa entre os amantes da música e da poesia. A resposta está na habilidade única de Zé Ramalho em criar músicas complexas, repletas de metáforas e significados ocultos, que, mesmo assim, conseguem conquistar o gosto popular e transmitir emoções profundas.
A História Por Trás da Música
A explicação por trás de “Chão de Giz,” dada pelo próprio Zé Ramalho, revela uma história de amor proibido e sofrimento. Quando jovem, o cantor se envolveu em um relacionamento duradouro com uma mulher muito mais velha, casada com uma figura influente na sociedade de João Pessoa, Paraíba. Eles se conheceram durante o carnaval, e Zé Ramalho se apaixonou profundamente por essa mulher, que nunca abandonaria seu casamento para ficar com ele. Ela apenas o “usava,” e o relacionamento que crescia rapidamente teve um fim abrupto.
A dor e a tristeza que Zé Ramalho sentiu após o término desse caso tumultuado foram tão intensas que ele precisou mudar de casa, pois morava próximo à mulher. Foi durante esse período de luto e reflexão que ele compôs “Chão de Giz.”
A Canção que Expressa Complexidades Humanas
“Chão de Giz” é um testemunho da complexidade das relações humanas, do amor não correspondido e da solidão que muitas vezes acompanha essas experiências. Zé Ramalho conseguiu capturar esses sentimentos profundos em uma melodia cativante e letras poéticas que ressoam com muitos ouvintes.
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Conclusão: Uma Canção para a Eternidade
“Chão de Giz” continua a ser uma das músicas mais emblemáticas da carreira de Zé Ramalho, e sua história por trás das cortinas a torna ainda mais fascinante. É uma canção que nos leva a refletir sobre o poder da música em expressar as complexidades da vida e as emoções que todos nós enfrentamos em algum momento. Portanto, da próxima vez que você ouvir essa canção envolvente, reserve um momento para apreciar não apenas sua melodia cativante, mas também a profundeza de sua história e significado. “Chão de Giz” é uma obra-prima que continuará a encantar gerações futuras, provando que a música é uma linguagem universal capaz de tocar os corações de todos nós.
Desvendando os Mistérios por Trás de “Chão de Giz”: Frase por Frase
Compreender plenamente uma música envolve não apenas apreciar a melodia, mas também decifrar as entrelinhas de suas letras. “Chão de Giz,” de Zé Ramalho, é uma canção que se desenrola como um quebra-cabeça emocional, e vamos explorar cada verso para desvendar seus significados ocultos.
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“Eu desço desta solidão e espalho coisas sobre um chão de giz”
No início da música, Zé Ramalho nos transporta para um momento de sua vida marcado pela solidão. Ele tinha o hábito de espalhar objetos pelo chão que lembravam seu relacionamento com essa mulher. O “chão de giz” simboliza a efemeridade desse relacionamento fugaz.
“Há meros devaneios tolos, a me torturar”
Os devaneios e lembranças de uma mulher que não o amava atormentavam Zé Ramalho. Ela o via apenas como um amante, uma peça em seus jogos de fantasia.
“Fotografias recortadas de jornais de folhas amiúdes”
Outro traço desse relacionamento obsessivo de Zé Ramalho era o recorte e a contemplação de fotos dela em jornais, já que ela era uma figura da alta sociedade frequentemente presente nas colunas sociais.
“Eu vou te jogar num pano de guardar confetes”
Nesse verso, Zé Ramalho decide se desfazer das lembranças, como se as jogasse em um saco de costureira, representado pelo “pano de guardar confetes,” para finalmente esquecê-la.
“Disparo balas de canhão, é inútil, pois existe um grão-vizir”
Ele tenta conquistá-la de todas as formas, mas é inútil, já que ela é casada com um homem rico e influente, representado aqui pelo “grão-vizir.”
“Há tantas violetas velhas sem um colibri”
Com essa metáfora, Zé Ramalho descreve a falta de jovens que a admiram. Ela é como uma violeta velha e bela, mas solitária, sem um “colibri” para lhe fazer companhia.
“Queria usar, quem sabe, uma camisa de força ou de vênus”
Neste verso, Zé Ramalho revela a dualidade de seus sentimentos. Ele deseja se afastar dela usando uma “camisa de força,” mas também anseia por uma “camisa de vênus” para fazer amor com ela.
“Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro”
Ele reconhece a fugacidade do relacionamento, onde ela só o queria para satisfazer suas fantasias por um curto período.
“Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom”
Ele decide não beijá-la, já que ela só busca o prazer físico, não se importando com o amor.
“Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez…”
Zé Ramalho decide partir novamente, mas, mesmo sabendo que é um amor impossível, ele retorna à “lona,” seja no sentido de ser nocauteado emocionalmente ou na referência a um caminhão em que ele vai embora.
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“Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar”
O amor inesquecível o manteve preso, mesmo quando ela o tratava com desdém. Ele nutria esperanças de ser correspondido um dia.
“Meus vinte anos de boy that’s over, baby! Freud explica”
Ele ressalta a diferença de idade entre eles e utiliza a psicanálise de Freud para tentar entender esse amor complexo.
“Não vou me sujar fumando apenas um cigarro”
Após muito sofrimento, ele decide deixar para trás a relação puramente física que tinha com ela, percebendo que não passava disso.
“Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval”
Ele se refere ao momento em que se conheceram, durante o carnaval. Agora, esse tempo passou.
“E isso explica porque o sexo é assunto popular”
Ele conclui que o sexo é o que resta desse amor efêmero, tornando-se o aspecto mais valorizado.
“No mais, estou indo embora”
Com esse verso, Zé Ramalho encerra a canção, demonstrando maturidade ao escolher seguir em frente. Ele parte, mudando de cidade e deixando para trás esse amor doloroso que inspirou a composição da música.
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3 respostas
Que demais essa explicação sobre a música, gostei demais, ficava intrigado com o que ele queria dizer nas entrelinhas ainda bem que vocês traduziram.
Parabéns muito obrigado
Perfeito Zé Ramalho eh um poeta!
Vi tantas tentativas de explicar essa música, associando Chão de Giz a carreira de cocaína que, essa é a explicação mais plausível! Faz sentido toda a decepção do poeta com amor impossível!! O amadurecimento, aceitando a situação e seguindo em frente!!